sábado, 14 de maio de 2011

Beijo gay do SBT foi tapa na Globo e na Record

Cena quente e sexy da novela "Amor e Revolução" revolucionou a realidade VITOR ANGELO
DE SÃO PAULO

Às 22h59 da última quinta, o SBT deu um tapa de luva militar na católica Globo e na evangélica Record ao colocar no ar um capítulo da história da teledramaturgia no país.
O dono do baú da felicidade promoveu a alegria do tão esperado primeiro beijo gay em uma novela brasileira.
Houve boatos de que, em 1963, no teleteatro chamado "Calúnia", teria acontecido o que seria o beijo lésbico entre as atrizes Geórgia Gomide e Vida Alves, mas não existe registro da cena.
São as cenas gravadas por Marcela (Luciana Vendramini) e Marina (Giselle Tigre), personagens da novela "Amor e Revolução", de Tiago Santiago, que mostram a primeira manifestação de afeto íntimo homossexual da televisão do Brasil.
O beijo entre elas foi quente, sexy, com pegada. Cenas insinuantes de pernas se esfregando deram um tom mais ousado à cena. Marcela, mais resolvida com a sua bissexualidade, sabe bem o que quer. Para Marina, tudo isso é uma grande novidade.
Depois do beijo, elas questionam o papel da mulher e da liberdade e independência que o sexo feminino pode conquistar em relação aos homens. A cena sozinha é uma síntese do título da trama. Há amor e revolução.
E tudo isso num dia em que houve um bate-boca entre a senadora Marinor Brito (PSOL-PA) e o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que perturbou a entrevista da senadora Marta Suplicy (PT-SP) mostrando seus panfletos antigay no Congresso.
E quando, em Uganda, está quase aprovada a lei que prevê pena de morte aos homossexuais, a ficção revolucionou e poetizou a realidade com um belo e longo beijo.
Que venham mais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário