quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Telebrás quer fechar contratos neste mês

A Telebrás deve fechar este mês os contratos com a Petrobras e Eletrobras para uso das redes de fibras óticas do sistema elétrico para levar internet rápida para todos os municípios brasileiros através do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).

A informação foi dada nesta quarta-feira, 12, pelo presidente da estatal, Rogério Santanna. “Devemos fechar este mês os contratos. Estamos conversando com o ministro Lobão (Minas e Energia). O processo está bem adiantado. O próprio ministro Paulo Bernardo (Comunicações) também conversou com ele”, afirmou Santanna, depois de participar de uma reunião com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Segundo Santanna, está sendo definido o valor que será pago às empresas pelo uso da rede.

A expectativa do dirigente da estatal é que a Telebrás obtenha, ainda este mês, a liberação da licença do Serviço de Comunicação Multimídia (SCM) pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para prestação do serviço de banda larga. “Esperamos que neste mês de janeiro a licença seja liberada”, destacou.

A Telebrás ingressou com o pedido de licença de SCM em 5 de outubro, mas só foi distribuído para a conselheira Emília Ribeiro, relatora do processo, em 14 de dezembro. Depois de concluída a relatoria, o pedido ainda precisa passar pelo crivo do Conselho Diretor da agência, que só retoma as reuniões em 20 de janeiro.

Questionado sobre a possibilidade de redução do preço do link da Telebrás de um mega no atacado, fixado em R$ 230, considerado caro pelos provedores que expuseram ao ministro das Comunicações que em algumas regiões o preço praticado no mercado é inferior a isso, Santanna disse que essa não é uma realidade para todos. “Há casos em que os pequenos provedores pagam mil reais”, observou.

Santanna não descartou a possibilidade de barateamento do custo, se isso for uma diretriz do governo, mas observou que primeiro têm que ser analisados os custos da estatal depois do fechamento dos contratos para o provimento do serviço. “Se o preço baixar, significa que vamos atingir o ponto de equilíbrio mais tarde”, ponderou.

Quanto ao pleito dos provedores de abertura de negociação para o compartilhamento do link com mais de 10 empresas, Santanna ressaltou que isso não poderá ser feito se resultar em redução da qualidade do serviço entregue ao consumidor final. “O central do debate é a qualidade. Não queremos fornecer uma banda larga de qualidade para o provedor e ele entregar uma internet de má qualidade para o consumidor final. Queremos que o usuário contrate uma banda e tenha de fato uma banda”, enfatizou Santanna, referindo-se às constantes reclamações dos consumidores de que a velocidade contratada não é entregue pelas operadoras de telecom.

/ Karla Mendes (AGÊNCIA ESTADO)

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