domingo, 30 de janeiro de 2011

Qwiki, a enciclopédia multimídia

Em meados de 2009, Doug Imbruce teve uma experiência frustrada tentando absorver informações sobre Buenos Aires, pois se preparava para viajar para a cidade argentina. Achou muita informação, mas nada exposto de uma maneira “natural”, agradável. Aquilo foi o que o motivou a criar não mais uma ferramenta de busca, mas uma vitrine humana e bonita para as toneladas de dados disponíveis na web.

Imbruce se uniu a Louis Monier, que havia participado da criação do buscador AltaVista, alguns investidores, mudou-se para Palo Alto, no Vale do Silício, Califórnia, e deu vida à sua ideia. Disso nasceu o Qwiki, uma enciclopédia digital feita sob alta carga multimídia, com texto, vídeos, fotos e narrações em áudio. Tudo se passa em uma espécie de apresentação, como se alguém estivesse contando para o usuário o que é aquele verbete e ao mesmo tempo mostrando fotos e filmagens sobre o tema (proposta inicial de Imbruce).

Na quinta-feira, 20, da semana passada o site voltou a ser comentário da mídia pelo anúncio de que teriam levantado cerca de US$ 9,5 milhões, durante uma rodada para angariar fundos de investimentos para o site. Mas a principal notícia foi a de que o maior investidor era Eduardo Saverin, o brasileiro que participou da criação da rede social Facebook, ao lado de Zuckerberg, e atual dono de 5% das ações da empresa.

O site faz uso de informações do Google, Wikipedia, imagens do Fotopedia e vídeo do Youtube e permite que o “verbete” seja embedado (replicado em outro site por código HTML), ou compartilhado via Twitter, Facebook e email. Para facilitar, o Qwiki criou o seu próprio encurtador (“qwi.ki”), e tem um mini-link para cada um dos “qwikis” criados.

Desde outubro do ano passado, o Qwiki estava disponível apenas para usuários convidados (o Link foi um deles). Nesta última segunda-feira, 24, o site abriu as portas – ou melhor, as janelas – para o público em geral. Na “nova versão Alpha”, os criadores pedem ainda por mais feedbacks (além dos já recebidos durante o período de teste de amigos), visando melhor o empreendimento.

Sobre cada “qwiki” (o nome dado aos verbetes) há uma janela escrita “Improve this Qwiki” (melhore este Qwiki), que abre outra permitindo que o usuário sugira uma foto, um vídeo, indique palavras narradas erradas ou comente se a velocidade da narração (uma voz feminina bem confortável de ser ouvida) está rápida ou lenta demais. Tem até um sistema de estrelinhas, para a avaliação qualitativa de cada verbete.

Em um artigo para a Newsweek, Imbruce, o CEO do Qwiki, comentou sobre a sua criação e analisa que, para ele, “a história da web tem sido dominada pela busca”. Partindo disso, ele conclui que ferramentas que melhorem essa atividade pode ser o negócio do futuro. “O Qwiki pode estar no próximo capítulo”, diz.

Já visitou o Qwiki? Vai lá.

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